Descrição do Evento
O Homem e os seus monstros: a realidade como reflexo do subconsciente
“O modelo mítico mostra sempre o mitologema do herói que mata o monstro. Este mitologema configura a estruturação da consciência a partir do inconsciente. A morte do monstro simboliza o domínio ou repressão de impulsos instintivos primitivos. Configura-se aqui a oposição instinto-cultura definida por Freud.
Entretanto, há mitos de epopéias personificadas por heroínas. Estas normalmente não matam o monstro, mas, ao contrário, casam-se com ele.
O conto de fadas A Bela e a Fera ilustra bem esta situação, também configurada no Mito de Eros e Psique. (...). É provável que a heroína, como mulher, personifique uma possibilidade da tão buscada coniunctio oppositorum alquímica, a união dos opostos, a última e mais difícil das operações, pois representa a união do inconsciente e do consciente, objetivo final do processo de individuação. A heroína estrutura a consciência pois perfaz o ato heróico; ao mesmo tempo, seus valores são
do inconsciente, pois pertence ao domínio do feminino, da emoção”
(BOECHAT,W., 2008, p. 67-68).
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